terça-feira, 12 de junho de 2012
quarta-feira, 14 de março de 2012
apostilas
Para aula de hoje e próximas, segue o endereço de algumas apostilas on-line, que vocês podem utilizar para ir relembrando os sinais.
www.ines.gov.br
www.surdo.org.br
libraseducandosurdos.blospot.com
Google: “Comunicando com as mãos- apostila de Judy Esminger
www.acessobrasil.org.br/libras
aprendolibras.blogspot.com
www.sj.cefetsc.edu.br/~nepes/nepes_galeria.htm
Quem faltou ou necessitar faltar em alguma aula, por favor, me envie um e-mail para que eu possa repassar os conteúdos trabalhados:
micheletoso@yahoo.com.br
Um abraço,
Michele
segunda-feira, 12 de março de 2012
Diocese de São Carlos – 104 anos
Escola de Catequese Diocesana
Catequese COM Jovens e Adolescentes
Ementa do Curso
Professor:
Ft. Eduardo Elzon
Objetivo:
O curso de preparação da Escola de Catequese da Diocese de São Carlos, visa especialmente não apenas ensinar, mas despertar. Despertar a todo aquele ou aquela que se sinta chamado, vocacionado, realmente intimado em seu coração pelo toque divino ou pela palavra evangélica a “Katechein” (fazer eco), ou seja, fazer de sua vida um instrumento de comunicação da Palavra de Deus, ecoando e proclamando Jesus Cristo a todos. Testemunhando com sua vida, mas também com conhecimento fundamentado, embasamento teórico e empírico, a boa nova da salvação de maneira simples, porém nova, marcante e permanente na vida de todos os que por ele ou ela forem catequizados.
Programa:
1-) Conhecer quem são o jovens e adolescentes para melhor trabalhar – VER (fevereiro e março)
· O século 21: Modernidade, pós–modernidade e hipermodernidade;
· Jovens, quem são: aspectos biológicos, psicológicos, comportamentais, econômicos, laborais, educacionais e sociais.
2-) A posição oficial proposta e a não–proposta – Julgar (abril e maio)
· Bíblia:O jovem na bíblia; a missão vista pelos jovens e leitura bíblica a partir dos jovens;
· Pastoral e Pastorais: a inculturação da fé;
· Cenários eclesiais: documentos da igreja e os adolescentes e jovens; movimentos e as novas pastorais da juventude;
· Catequese e crisma: objetivos da catequese com jovens; a posição da sexualidade da igreja; o link com a Pastoral da Juventude; a necessidade de espaço e cidadania eclesial.
3-) Fazer é melhor do que Falar e Julgar – Agir (junho e julho)
· Dinâmicas em grupos de jovens e catequese;
· Retiros: objetivos; estilos e como montar;
· A missão feita por jovens;
· Arte, juventude e movimentos sociais urbanos (cinema, literatura, grafitismo, hip-hop, etc);
· Evangelização e diversão: a necessidade de uma leveza de trabalho com jovens (o método de aprender fazendo e o desinteresse das palestras);
· A linguagem oficial e o moralismo da posição bom-mocista e bruguesa (identidade e deserção eclesial);
· Linguagens atuais: blog, chat, interconectividade;
· PJ e a opção pelos pobres.
Bibliografia:
BÍBLIA SAGRADA: Edição Pastoral
A MISSAO VISTA PELOS JOVENS: a “Redemptoris Missio”comentada por um grupo missionário juvenil
de Sárnico (BG) – Itália e adaptada pela Equipe do Jornal Missão Jovem. Florianópolis-SC: Jornal
Missão Jovem, 1995.
ALISON, J. – A FÉ ALÉM DO RESSENTIMENTO: fragmentos católicos em voz gay – trad. Murício G.
Rghi. São Paulo: É Realizações, 2010
ALVES DA SILVA, W. R. – TRIBOS URBANAS, VOCE E EU: conversas com a juventude. São Paulo:
Paulinas, 2003 (Série Formação)
BORAN, J – CURSO DE DINÂMICAS PARA LÍDERES – livro do cursista. São Paulo: Paulinas, 1999.
BORAN, J – CURSO DE DINÂMICAS PARA LÍDERES – livro do monitor. São Paulo: Paulinas, 1999.
BORAN, JORGE – O FUTURO TEM NOME: JUVNTUDE – sugestões praticas para trabalhar com jovens.
São Paulo: Paulinas, 1994
CARDOSO, R & SAMPAIO, H. – BIBLIOGRAFIA SOBRE JUVENTUDE. São Paulo: EDUSP, 1995.
CNBB – EVANGELIZAÇÃO DA JUVENTUDE: desafios e perspectivas pastorais. São Paulo: Paulus, 3ª.
Ed., 2006 (Coleção Estudos da CNBB 93)
DALLA-DÉA, P. F. – TORNAR-SE ADULTO NA FÉ. São Paulo: FACULDADE DE TEOLOGIA NOSSA
SENHORA DA ASSUNÇAO. manuscrito, 1999. (Monografia de Mestrado)
DE FRANÇA MIRANDA, M. – INCULTURAÇAO DA FÉ: uma abordagem teológica. São Paulo: 2001.
(Série ΤΗΕΟΛΟΓΙΚΑ)
INSTITUTO DE PASTORAL DA JUVENTUDE - O JOVEM NA BÍBLIA: 20 roteiros de trabalho em grupo.
Porto Alegre: Evangraf, 1992.
LIBANIO, J. B. – JOVENS EM TEMPO DE PÓS-MODERNIDADE: considerações socioculturais e
pastorais. Loyola: 2004. (Série Humanística)
MARIANI, C. B. & VILHENA, M. A. – TEOLOGIA E ARTE: expressões de transcendência, caminhos de
renovação. São Paulo: Paulinas, 2011
OLIVEIRA, R. – PASTORAL DE JUVENTUDE: e a Igreja se fez jovem. São Paulo: Paulinas, 2002 (Série
Formação)
PISO, A. – VER, JULGAR, AGIR: ensaio de teologia pastoral. São Paulo: Ave Maria, 1991.
QUAPPER, K, D. & SOLANO, B. T. – ROTUNDOS INVISIBLES: ser jóvenes em sociedades
adultocentricas. La Habana-Cuba: Editorial Caminos, 2003. (Cuardernos Teológicos)
SCHINELO, E. – LEITURA BÍBLICA: a juventude mostra o caminho. São Leopoldo-RS: Centro de
Estudos Bíblicos, 2011 (Série a Palavra de Vida 281)
YOUCAT português – CATECISMO JOVEM DA IGREJA CATÓLICA – São Paulo: Paulus, 2011.
quinta-feira, 8 de março de 2012
Carta aberta do clero de CUIABÁ aos bispos.
http://nossasenhorademedjugorje.blogspot.com/2012/03/carta-aberta-pe-paulo-ricardo.html, em 8 de março de 2012.
Cuiabá, Mato Grosso
27 de fevereiro de 2012
Excelentíssimos e Reverendíssimos Senhores
Bispos, Padres e Povo de Deus
CNBB, ANP, /CNP, CRB, Regional Oeste II
Estado de Mato Grosso
Excelências Reverendíssimas, sacerdotes e povo de Deus
Consternados dirigimo-nos aos senhores para levar a público nossos sentimentos de compaixão e constrangimento com relação ao nosso co-irmão no sacerdócio, Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior, do clero arquidiocesano de Cuiabá. O que nos move é nosso desejo de comunhão, unidade, amor à Igreja e ao sacerdócio e a busca de verdadeira justiça, reconciliação e perdão.
Diante de um homem amargurado, fatigado, raivoso, compulsivo, profundamente infeliz e transtornado toma-nos, como cristãos e como sacerdotes, um profundo sentimento de compaixão e misericórdia. Diante de suas reiteradas investidas contra o Concílio vaticano II, contra a CNBB e, sobretudo, contra seus irmãos no sacerdócio invade-nos um profundo sentimento de constrangimento e dor pelas ofensas, calúnias, injúrias, difamação de caráter e conseqüentes danos morais que ele desfere publicamente e através dos diversos meios de comunicação contra nós, sacerdotes e bispos empenhados plenamente na construção do Reino de Deus.
Exporemos aqui estas duas questões com o máximo possível de objetividade na esperança que esta carta aberta seja acolhida com o mesmo espírito com que foi redigida e, mais ainda, na esperança de que encontraremos, com a intervenção segura e consciente de nosso querido Dom Milton Antônio dos Santos, arcebispo de Cuiabá, uma solução definitiva para esta questão e que seja sempre para a maior glória do Reino de Deus e para retomarmos o bom caminho.
Somos padres diocesanos e religiosos da Arquidiocese de Cuiabá e das demais dioceses do estado de Mato Grosso. Há décadas, dedicamo-nos, todos nós, com afinco, zelo e dedicação apostólica à instrução do povo nos caminhos do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, não merecemos as calúnias, injúrias e difamação de caráter que Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior desfere contra nós.
Vinde e Vede 2012
Há vinte e seis anos a Arquidiocese de Cuiabá organiza, patrocina e realiza, no período do carnaval, uma grande concentração religiosa, de massa, denominada "Vinde e Vede". A este encontro acorrem milhares de pessoas do país inteiro, mas particularmente das paróquias da Arquidiocese de Cuiabá e dioceses vizinhas. Entre momentos festivos e momentos celebrativos, o encontro é também agraciado com oradores sacros dos mais diversos nortes do país. Entre estes oradores está também Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior, homem de verbo fácil, de muitos artifícios oratórios e também de muitas falácias e sofismas. Suas pregações sempre derrapam para denúncias injuriosas e caluniosas contra os bispos, os padres e o povo de Deus em geral. Com o advento das novas tecnologias da comunicação adotadas com maestria pelos organizadores deste grande evento, as lástimas de Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior ressoam em todo o mundo.
Leiam com paciência. Transcreveremos aqui parte de sua palestra proferida na última edição do "Vinde e Vede". Intitulada "Totus tuus, Maria!"
"O espírito mundano entrou dentro da Igreja. E entrou onde? Entrou o espírito mundano de que jeito dentro da Igreja? Pelos leigos? Entrou o espírito mundano de que jeito dentro da Igreja? Foi nos catequistas? Foi (sic) os ministros da comunhão? Foi através dos cenáculos do Movimento Sacerdotal Mariano que entrou o espírito mundano dentro da Igreja? NÃO! Nossa Senhora diz como foi que o espírito mundano entrou dentro da Igreja: 'quantas são as vidas sacerdotais e religiosas que se tornaram áridas pelo secularismo que as possui completamente'. Deixa eu explicar o que Nossa Senhora está dizendo porque às vezes Nossa Senhora fala na linguagem que a gente não entende. Gente, ela tá falando de padres. Vidas sacerdotais aqui é PADRE! Quantos padres foram tomados COM-PLE-TA-MEN-TE pelo espírito do mundão. Tá entendendo? Caíram no mundão, no mundo. Ela fala espírito do secularismo. Quer dizer que estão no mundão, tão na festança, tão no pecado. Não querem mais ser padres. Querem ser boy. Querem tar na moda. Tá entendendo? Querem ser iguais a todo mundo. Padre que quer ser igual ao mundo! É isto que Nossa Senhora tá falando! O espírito... Vejam: Nossa Senhora está dizendo que a Igreja tá sofrendo um calvário. E por quê? Porque entrou dentro da Igreja o espírito do mundo. E entrou como? Entrou por causa de padre! Por causa de padre que não é padre! Por causa de padre que não honra a batina porque, aliás, nem usa a batina! (aplausos). 'a fé se apagou em muitas delas.' Deixa eu falar aqui claro pra vocês porque Nossa Senhora fala mas ocê num entende. A fé se apagou em muitas vidas sacerdotais, deixa eu dizer em português claro pra vocês. Tem padre que deixou de ter fé. É isso que Nossa Senhora tá dizendo. Está dizendo isto no dia em que o Papa João Paulo II estava aqui em Cuiabá. 'A fé se apagou em muitos padres por causa dos erros que são sempre mais ensinados e seguidos. A vida da graça já está sepultada pelos pecados que se praticam, se justificam e não são mais confessados.' O que que Nossa Senhora ta dizendo? Vamos trocar em miúdos aqui! Nossa Senhora está dizendo que a vida da graça de muitos padres – o padre tem que viver uma vida da graça. A vida da graça de muitos padres está SE-PUL-TA-DA! Posso dizer mais claro? Morreu! A vida da graça de padres pode morrer também. Como? Nossa Senhora diz: 'pelos pecados'. Os pecados que praticam, aí depois que eles praticam, justificam: Não... não é pecado. Antigamente é que era pecado, agora não é mais pecado. (com ar de deboche). Entendeu? Nós temos que ser, nós temos que mostrar pra o mundo que a Igreja tem um rosto aberto, que a igreja está aberta pro mundo. Aí lá vai o padre pular carnaval, no meio de mulher pelada. Aí lá vai o padre fazer festa na arruaça, beber, encher a cara até cair. Pra dizer o quê? Ahh, o mundo... eu tenho que pregar o evangelho pro povo, pros jovens... O jovem tem que acreditar na Igreja, então eu tenho que ir lá, eu tenho que ficar junto com o jovem. Eu tenho que viver a vida que todo mundo vive. Gente, eu não sou melhor do que ninguém e Deus sabe os meus pecados [...]".
Pobre em espírito e conteúdo, esta palestra escamoteia um texto não oficial, escrito pelo fundador e personalidade maior do Movimento Sacerdotal Mariano, Padre Stefano Gobbi. Lembremos apenas as palavras do Papa Bento XVI na exortação apostólica Verbum Domini: [...] "a aprovação eclesiástica de uma revelação privada indica essencialmente que a respectiva mensagem não contém nada que contradiga a fé e os bons costumes; é lícito torná-la pública, e os fiéis são autorizados a prestar-lhe de forma prudente a sua adesão. [...] É uma ajuda, que é oferecida, mas da qual não é obrigatório fazer uso." (Verbum Domini, n. 14).
É desastrosa e danosa à reputação de milhares de sacerdotes à "tradução" e "interpretação" que padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior dá às supostas palavras de Nossa Senhora ao Padre Stefano Gobbi.
Ainda Bento XVI, por ocasião da Conferência de Aparecida nos advertia: "Não resistiria aos embates do tempo uma fé católica reduzida a uma bagagem, a um elenco de algumas normas e de proibições, a práticas de devoções fragmentadas, a adesões seletivas e parciais da verdade da fé, a uma participação ocasional em alguns sacramentos, à repetição de princípios doutrinais,
a moralismos brandos ou crispados que não convertem a vida dos batizados. Nossa maior ameaça é o medíocre pragmatismo da vida cotidiana da Igreja, no qual, aparentemente, tudo procede com normalidade, mas na verdade a fé vai se desgastando e degenerando em mesquinhez" [...]. (DAp. N. 12).
O moralismo crispado e falso de Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior reduz a rica tradição da Igreja a um pequeno número de normas e restrições, com uma verdadeira obsessão de traços patológicos pelo uso da batina, fato que provocou recentemente um grande desgaste ao clero e ao povo da Arquidiocese de Cuiabá e volta a provocar agora, na 26ª edição do "Vinde e Vede".
Interpreta ele erroneamente o Cânon 284 do Código de Direito Canônico (do qual se diz mestre) - "os clérigos usem hábito eclesiástico conveniente, de acordo com as normas dadas pela Conferência dos Bispos e com os legítimos costumes locais." - e também as normas estabelecidas pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil que observam: "nas determinações concretas, porém, devem levar-se em conta a diversidade das pessoas, dos lugares e dos tempos."
Colocando-se talvez no lugar de Deus, Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior julga e condena inúmeros irmãos no sacerdócio que levam vida ilibada e que são reconhecidamente compromissados com o Evangelho, com a Igreja e com o Reino de Deus. Ele espalha discórdia e divisões desnecessárias e prejudiciais ao crescimento espiritual do clero e do povo de Deus. De forma indireta, condena nosso arcebispo emérito Dom Bonifácio Piccinini e nosso atual arcebispo, Dom Milton Antônio dos Santos. Ambos, dedicados inteiramente, com generosidade e abnegação ao Reino de Deus e à Igreja, não usam batina, como observou em junho passado uma fiel leiga presente a uma dessas contendas levadas a cabo por Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior e seus sequazes.
Ademais, o uso que ele faz da batina é puramente ideológico. Não a usa como veste, pois não a usa sempre. Usa-a apenas como instrumento de ataque àqueles que elegeu como seus desafetos. Essencial seria ele perguntar-se a si mesmo: "o que quero esconder ou o que quero mostrar com o uso da batina?" Não somos contra o uso da batina. Entendemos que identidade sacerdotal, bem construída, se expressa no testemunho pessoal e nas obras apostólicas e não na batina. Somos contra o uso ideológico que se faz dela e a condenação daqueles que "levam em conta a diversidade das pessoas, dos lugares e dos tempos."
Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior: uma pessoa controversa
Muitos dos problemas enfrentados pela Arquidiocese de Cuiabá têm origem, continuação e fim na pessoa do Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior, dono de uma personalidade no mínimo controversa.
Apesar de todos os esforços de nosso querido Dom Milton Antônio dos Santos em busca da unidade, pouco se tem alcançado. Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior continua exercendo sua influência nefasta e dividindo o clero e o povo de Deus na arquidiocese de Cuiabá e no Regional Oeste II. E, mais importante, no SEDAC e nos seminaristas de todos os seminários do estado de Mato Groso.
Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior ultrapassa os limites do fanatismo quando se trata de questões teológicas, eclesiais e pastorais. Não é um teólogo e nunca foi um homem de pastoral. É apenas um polêmico, capaz de julgar e condenar a todos que não se submetem aos seus ditames e interesses de carreira.
Guardião de ortodoxias e censor de plantão, Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior costuma ser pouco honesto. Honestidade intelectual é proceder com humildade, modéstia, cautela nas críticas, observou recentemente o Papa Bento XVI em homilia ao clero da Diocese de Roma. A impetuosidade e o açodamento característicos da personalidade do Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior terminam por levá-lo a pecar contra a objetividade. Condena antes de saber de que se trata. Tem mais faro que inteligência, mais instinto que razão, mais paixão que serenidade, mais zelo doentio que honestidade.
Por ocasião da campanha eleitoral para a presidência da república, enfurnou-se em um cordão de calúnias, ameaças e difamação contra candidatos, contra o povo e contra a própria CNBB. A coisa se agravou a tal ponto que o arcebispo de Cuiabá teve que publicar uma carta proibindo o uso da missa e do sermão para campanhas político-partidárias.
Na mesma ocasião, Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior publicou na rede mundial de computadores uma carta difamatória contra os bispos, chamando-os de cachorros. "Cachorros que latem, mas não mordem." A atitude de Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior deixou muitos bispos do Regional Oeste II profundamente consternados.
Ultimamente, tem difamado a CNBB, os bispos do Brasil e o Concílio Vaticano II na rede de TV Canção Nova. Este fato foi denunciado na última Assembléia Geral da CNBB.
Não obstante os já mencionados esforços de nosso arcebispo em busca da unidade, nossa Arquidiocese se aprofunda mais e mais em divisões, inúteis, desnecessárias e nocivas ao crescimento humano e espiritual da parcela do povo de Deus que nos foi confiada.
Solicitamos, portanto, de Vossas Excelências Reverendíssimas que Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior seja imediatamente afastado das atividades de magistério no Sedac e das demais atividades por ele desenvolvidas nas diversas instituições formativas sediadas na Arquidiocese e fora dela tais como direção espiritual de seminaristas, palestras, conferências e celebrações, pois não tem saúde mental para ser formador de futuros presbíteros. Pedimos também que seja afastado de todos os meios de comunicação social em todo e qualquer suporte, isto é, meios eletrônicos, meios impressos, mídias sociais e rede mundial de computadores.
Pedindo a bênção de Vossas Excelências Reverendíssimas, despedimo-nos com o coração cheio de esperança de que muito em breve será encontrada uma solução para esta constrangedora situação que tem se consolidado em nossa Arquidiocese.
Na obediência, na fé e na comunhão para nunca mais acabar,
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quarta-feira, 7 de março de 2012
Introdução- Catequese junto à pessoa com deficiência
Att.
Michele
Introdução
“Eles têm o direito de conhecer o “mistério da fé”. As dificuldades maiores que eles encontram tornam também mais meritórios os seus esforços e os dos seus educadores. ”
(Catechesi Tradendae,1971)
“É necessário levar em consideração as descobertas e avanços das ciências humanas e pedagógicas e assumir a pedagogia do próprio Cristo, que privilegiou os cegos, mudos, surdos, coxos, aleijados.”
“Toda pessoa tem necessidade, pois ninguém se basta a si mesmo. Mas, há algumas pessoas que têm necessidades específicas.”
(Diretório Nacional de Catequese.2005)
Neste contexto, o presente material tem como objetivo fornecer informações elementares para a inclusão na catequese de pessoas surdas.
Alguns pontos são comuns à inclusão e vale a pena começarmos por esta reflexão:
“É vã toda obra humana que não começa no céu” (Pietro Matastásio). Por isso, esteja em oração, para colher o chamado de Deus para este serviço. Sob a luz do Espírito Santo, prepare seus encontros catequéticos. Não há técnica, conhecimento e/ou material que substitua uma catequese ungida.
Estar em constante articulação com a família, escola e/ou profissionais que acompanhe o catequizando é de extrema importância. Desta forma você irá entender melhor seu catequizando, suas necessidades. Vai também obter informações e aprofundá-las.
A partir desta articulação poderá ser definido juntamente com o pároco se esta criança estará incluída todos os momentos em uma turma ou necessitará de trabalhos individuais. Se decidir-se pela primeira opção, o ideal é que a turma seja de poucas crianças e quando necessário tenha-se a ajuda de outro catequista.
Também é importante, estando a criança incluída num grupo, que seja dado abertura, sem a presença do catequizando especial, para que os demais catequizandos tirem suas dúvidas sobre, aprendam informações importantes, especialmente referente à dimensão espiritual da inclusão.Vale a pena também uma reunião com as famílias e até com a comunidade para explicar o processo de inclusão que está sendo iniciado.
Os milagres de Jesus
Evangelho de São Mateus:
Cura de uma pessoa com hanseníase: Mt 8,1-4
Cura de uma pessoa com paralisia: Mt 9,1-8
Cura de uma mulher com hemorragia: Mt 9,20-22
Cura de duas pessoas cegas: Mt 9,27-31
Cura de uma pessoa muda: Mt 9, 32-33
Evangelho de São Marcos:
Cura de uma pessoa com hanseníase: Mc 1,40-45
Cura de uma pessoa com paralisia: Mc 2,3-12
Cura de uma pessoa surda: Mc 7, 31-37
Cura de uma pessoa cega: Mc 8, 22-26
Evangelho de São Lucas:
Cura de uma pessoa com paralisia: Lc 5, 17-26
Evangelho de São João:
Cura de uma pessoa cega: Jo 9,1-41
SURDEZ
Terminologia
Historicamente a surdez era vista como uma patologia e mais recentemente, a partir de uma visão socioantropológica, ela é considerada uma condição singular marcada principalmente pela diferença lingüística – pessoas que fazem uso de uma língua de sinais.
De acordo com Gesser (2009) os termos deficiência auditiva e surdez não são determinados pelo grau de audição do sujeito, mas marcados por uma diversidade cultural.
Neste trabalho vamos utilizar a terminologia pessoa com surdez, entendo a pessoa não como deficiente, mas diferente. A diferença entre ouvintes e surdos é a forma de comunicação, isto é, a sua língua.
Não se utiliza mais a expressão surdo-mudo, visto que toda pessoa com surdez,desde que bem estimulada pode desenvolver a fala.
Surdos | Deficientes auditivos |
São usuários de LIBRAS
| Não são usuários de LIBRAS
|
Como funciona a orelha humana? | |
A orelha é dividida em três partes: Orelha externa: pavilhão auricular e conduto auditivo externo; Orelha média: tímpano e cadeia ossicular; Orelha interna: canais semicirculares e cóclea;
| FIGURA 1 |
Tipos e graus da perda auditiva (PA)
PA Condutiva | Ocorre na orelha externa e/ou média; Caráter provisório, sendo possível curar-se a partir de tratamentos medicamentoso e/ ou cirúrgico. |
PA Neurossensorial | Ocorre na orelha interna; envolvendo a cóclea e/ou nervo auditivo; Normalmente não há cura, apenas acompanhamento clinico e/ou terapêutico. |
PA Mista | Envolve ambos componentes, tanto de condução como neurossensorial. |
A identificação da perda auditiva é feita por meio de exame audiológico, realizado pelo fonoaudiólogo, que diagnostica os graus de perda auditiva do indivíduo em graus, os quais acarretam respectivos prejuízos no desenvolvimento da fala/oralidade:
Normal | 0 a 25 dB NA | Desenvolvimento normal de fala e linguagem |
Leve | 25 a 40 dB N.A | Linguagem e fala levemente prejudicadas |
Moderada | 41 a 70 dB N.A | Fala e linguagem atrasadas; omissão de consoantes |
Severa | 71 a 90 dB N.A | Raramente há desenvolvimento de fala (só com treino); linguagem severamente prejudicada |
Profunda | acima de 90 dBN.A | Fala tende a ser pobre (mesmo com treino) e linguagem severamente prejudicada |
A deficiência auditiva pode ser classificada quanto ao período em que ocorreu:
Pré-linguística | Pós-linguística |
Pode ser congênita ou adquirida nos primeiros anos de vida antes do desenvolvimento da linguagem | É adquiria após o desenvolvimento da linguagem ou em idade mais avançada |
Dificuldade de estruturação da linguagem | Facilidade na comunicação oral, pois há desenvolveu oralidade |
Além do exame audiológico, faz-se necessário para o diagnóstico da perda auditiva, o exame otorrinolaringológico. Além disso, a detecção da perda auditiva é possível já em neonatos pelo Teste da Orelhinha, que tornou-se obrigatório pela Lei no 12.303 de 2 de agosto de 2010.
O diagnóstico precoce da perda auditiva em neonatos constitui-se em estratégia fundamental para prevenção, bem como permite uma intervenção/introdução de medidas terapêuticas, a fim de promover melhoria da qualidade de vida.
Causas da surdez:
As causas da surdez podem ser classificadas em dois tipos: a congênita e a adquirida.
Surdez Congênita | Surdez Adquirida |
Hereditariedade | Predisposição genética como otosclerose |
Viroses maternas como rubéola e sarampo | Meningite |
Doenças da gestante como: sífilis, citomegalovírus, toxoplasmos | Exposição a sons impactantes como a explosão |
Ingestão de remédios ototóxicos que lesam o nervo auditivo durante a gravidez |
|
Sintomas da Surdez
Pede-se para repetir várias vezes ou isola-se socialmente;
2 - Dificuldade para ouvir em ambientes barulhentos;
3 - Zumbidos, chiados ou apitos no ouvido;
4 - Aumenta o volume da TV e rádio;
5 - Sensação de ouvido tampado, pressão e estalos no ouvido;
6 - Irritabilidade;
7 - Finge que entendeu o que foi conversado, tendo dificuldade em admitir a perda auditiva e procura ajuda;
8 - Evita situações comunicativas;
9 - Dificuldade de ouvir ao telefone.
Sintomas comuns apresentados por crianças com perda de audição:
1 - Não reagir a sons de forte intensidade como: batidas de portas, buzinas, etc.
2 - Não responder quando chamado;
5 - Criança que demora para falar (com um ano e seis meses a criança já fala algumas palavras isoladas).
O que fazer frente a algum destes sintomas?
1 - Consultar um médico otorrinolaringologista (especialista em ouvido, nariz e garganta);
2 - Consultar um fonoaudiólogo para realizar exames audiológicos e caso necessário realizar testes para adaptação aparelhos auditivos.
Tratamento
Para reduzir os prejuízos da deficiência auditiva é possível o uso de Próteses Auditivas associada à terapia fonoaudiológica. Um bom desempenho de fala depende do tipo, período e grau da perda; o estímulo recebido; os dispositivos eletrônicos utilizados e ainda de aspectos cognitivos, emocionais e socioculturais do indivíduo.
Além do fonoaudiólogo, outros profissionais podem atuar com pessoa com surdez: pedagogos, psicopedagogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, entre outros, especialmente na questão escolar, a qual trata-se de um processo diferenciado para as pessoas com surdez.
Como prevenir a surdez?
- Mulheres: vacinação em dia antes de planejar a gravidez!
- Durante a gravidez não ingerir nenhum medicamento por conta própria;
- Evitar exposição a raio X;
- Evitar exposição à ruídos nas primeiras semanas de vida criança;
- Estar com a carteira de vacinação das crianças atualizadas;
- Cuidado com o volume alto nos fones de ouvido (MP3, por exemplo);
- Pessoas que trabalham em ambientes ruidosos necessitam de proteção adequada (fones de ouvido). Cada local de trabalho tem um ruído próprio e o médico do trabalho deve avaliar qual tipo de fone que é necessário;
Próteses auditivas
Existe uma variedade de tipos e marcas de próteses auditivas. Além dos aparelhos auditivos convencionais existe hoje o Implante Coclear (IC) e o sistema FM. O IC é um aparelho indicado para pessoas com surdez profunda bilateral e tem um componente externo e um interno. Este último é colocado por meio de uma cirurgia.
O sistema FM tem sido muito utilizado na escola, pois a voz do professor pode chegar diretamente no ouvido do aluno com surdez.
FIGURA 2
Cuidados
Durante os encontros de catequese são importantes alguns cuidados com as próteses auditivas:
¢ Retirar o aparelho em atividades que produzam suor;
¢ Evitar atividades que envolvam risco de atrito físico ou queda;
¢ Não permitir contato com água (brincadeiras ou chuva);
¢ Observar o término da bateria:
- o aparelho pode emitir algum sinal sonoro ou visual indicando que a bateria acabou e nem sempre a pessoa com surdez consegue identificar;
- a criança parece que está ouvindo menos;
¢ Microfonia: é um apito fino e constante que pode ser causado por:
- Molde mal ajustado e já pequeno;
- Posição da cabeça;
- Problema interno do aparelho;
Língua de sinais
É a língua utilizada pelas comunidades surdas;
É uma língua visuo-gestual-espacial, pois falamos com as nossas mãos e a compreendemos pela nossa visão. Diferente da nossa língua portuguesa que é oral-auditiva.
Cada país tem sua língua de sinais. Aqui no Brasil temos a Língua Brasileira de sinais que é a 2ª língua oficial do nossos país. Ainda dentro de cada país podemos encontrar variações de acordo com as regiões: um sinal aqui no estado de São Paulo pode ser diferente no estado do Paraná, por exemplo.
É uma língua que não é baseada no português, pois tem estrutura gramatical própria. Cada sinal tem um significado, como uma palavra, que combinados podemos formar frases, conversar e expressar todo e qualquer tipo de informação, seja ela concreta ou abstrata.
Não é uma língua ágrafa, isto é, a língua de sinais tem sua versão escrita, apesar de ainda estar numa fase experimental:
FIGURA 3
Vamos aprender a falar o nosso nome em LIBRAS?
FIGURA 4
ESTRATÉGIAS PARA O CATEQUISTA
¢ Estar sempre em contato com a família, escola e profissionais que atendem o catequizando;
¢ Procurar conhecer mais sobre a surdez;
¢ Saber o tipo e o grau da perda auditiva do catequizando;
¢ Saber se ele escuta e o quanto escuta;
¢ Saber se o catequizando utiliza ou não alguma prótese auditiva e quais são os cuidados necessários;
¢ Qual é forma de comunicação que o catequizando utiliza: LIBRAS, leitura orofacial, fala ou uma combinação de formas;
¢ Procurar, se for o caso, aprender LIBRAS;
¢ Saber se ele tem domínio da língua escrita portuguesa;
¢ Saber se além da surdez o catequizando apresenta alguma outra necessidade especial;
¢ Utilizar em todos os encontros de recursos imagéticos, isto é:
- Gravuras, desenhos, fotografias;
- Esquemas;
- Mapas conceituais;
- Objetos concretos;
- Encenação/teatro;
- Filmes;
¢ Dispor as cadeiras em roda;
¢ Utilizar associação escrita-figura ou sinal;
¢ Na bíblia assinalar as palavras-chave;
Com os catequizados mais oralizados podemos contar com outras estratégias;
¢ Falar de frente, devagar e sem gritar;
¢ Garantir que seu rosto esteja sempre iluminado e no mesmo nível visual do catequizando;
¢ Usar frases pequenas e simples; palavras-chave;
¢ Usar repetições;
¢ Dizer o mesmo conteúdo de formas diferentes;
¢ Evitar que o catequizando sente perto de parede, porta e/ou janela;
¢ Usar expressões faciais;
¢ Se dirigir ao acompanhante somente quando a pessoa surda solicitar;
Referências Bibliográficas
libraseducandosurdos.blospot.com
Google:
“Comunicando com as mãos- apostila de Judy Esminger”
“Apostila LIBRAS –NEPES”
aprendolibras.blogspot.com
http://www.youtube.com/user/efetacampinas
GESSER, A. LIBRAS? que língua é essa?: crenças e preconceitos em torno da língua de siansi e da realidade surda. São Paulo: Parábola Editorial, 2009
BRAGA, S.R.S.Conhecimentos essenciais para atender bem o paciente com prótese auditiva. São José dos Campos: Pulso, 2003.
BEVILACQUA, M.A.; FORMIGONI, G.M.P. Audiologia Educacional:uma opção terapêutica para a criança deficiente auditiva. 3ª edição. Carapicuiba: PróFono,200
SALES, A.M.; SANTOS, L.F; ALBRES, N.A.; JORDÃO, U.V. Construindo conhecimentos sobre surdez, Língua Brasileira de Sinais e Educação de Surdos. São Paulo: 2010. 42 p. (material didático).
Primeira Comunhão Eucarística – Catequese Especial para surdos. Livro do Catequista e catequizando. Editora Canção Nova – 2007