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Catequese com Adultos - Maduros na Fé?
A realidade tem mostrado que grande parte dos cristãos adultos são batizados, mas não são evangelizados. Daí a preocupação da Igreja Católica no Brasil em levar adiante a reflexão do tema "Catequese com Adultos", formando uma nova consciência de cristãos engajados no processo de evangelização.
1. Catequese com Adultos: A segunda Semana Brasileira de Catequese (2ª SBC) aconteceu em outubro de 2001. O tema que mobilizou o Brasil foi: "Com Adultos, Catequese Adulta" e o lema " Crescer rumo à maturidade em Cristo". Precisamos refletir e orar sobre a realidade dos adultos católicos e juntos tornar prioridade efetiva a Catequese com adultos.
2. Fragilidades graves dos católicos: Face ao mundo plural e corrupto, dominado pelos ídolos do dinheiro, do poder e do prazer, uma parcela bem numerosa do povo católico se encontra muito despreparada, apresentando quatro perigosas fragilidades;
a) Primeiramente, a não conversão. Em geral se é católico por tradição, por costume e não por conversão, decisão consciente, esclarecida, coerente e generosa. Até existe "católico não praticante", o que é, em si, uma aberração;
b) Segunda fragilidade: a não convicção. É conseqüência da primeira, e se manifesta na insegurança, na ingenuidade, na busca do maravilhoso e milagreiro na religião, no devocionismo e na facilidade de mudar de opinião face a argumentação até simplórios;
c) Terceira fragilidade: a ignorância religiosa. É imensa a quantidade de católicos que desconhecem um mínimo sobre sua fé. Quando ouvem ou lêem interpretação da Bíblia que destoam da tradição católica, narrativas de fenômenos espirituais, críticas à Igreja, ficam perplexos, sem base para se confrontarem com o que recebem e para contra-argumentar;
d) Quarta fragilidade: o infantilismo religioso. É bastante grande o número dos que se deixam fascinar por "ídolos do pop-catolicismo", se amarram em canções cristãs infantis, se agarram em práticas devocionais mágicas e de deixam dominar pela falta de consciência crítica social, política e econômica.
Ora, uma pessoa não convertida, sem convicções sólidas, ignorantes em sua fé e que é um adulto infantil, obviamente ESTÁ SEM IDENTIDADE, SEM BASE, portanto, VULNERÁVEL a influências e desvios de todos os tipos.
3. Adultos na fé: Ser adulto na fé, ideal sempre a ser buscado, se tornou urgência hoje em meio a este mundo cada vez mais pagão, sem ética, corrupto, amoral e imoral, explorador da natureza, escravizador das pessoas. É preciso muita vida inteior, estudo sério, vida em comunidade e atenção ao que acontece para se poder dar testemunho da fé cristã, anunciar o Reino de Deus, viver a comunhão fraterna e a solidariedade, segundo o Mandamento Novo, ter serenidade, cordialidade e fortaleza para dialogar com o diferente, com as religiões, as culturas, as ideologias, ter a coragem profética para denunciar tudo o que vai contra a dignidade do ser humano e contra a natureza. Investir na maturidade do fiel torna-se, portanto, prioridade para a Igreja hoje.
4. A maturidade em Cristo: A segunda Semana Brasileira de Catequese (2ª SBC) nos mobilizou rumo à maturidade em Cristo. Além de uma acolhida, cada vez mais consciente, esclarecida, coerente e generosa de Deus e de seu Plano de Salvação, assumimos a responsabilidade por Deus e por seu Plano de Salvação. Tomamos, então, como decorrência desta responsabilidade, os devidos meios para alimentar a nossa vida de comunhão com Deus, de participação na comunidade eclesial e de construção de um mundo segundo o coração de Deus. Além disso, assumimos o mandato missionário de Jesus e zelamos para que nossos irmãos em Cristo cresçam rumo à maturidade na fé.
Cinco dicas para preparar a Reunião de Pais
Talvez o preconceito mais instalado na mentalidade dos catequistas seja a incompatibilidade entre pais e catequese. Por si só, estes dois mundos parecem repelir-se.
E sei que não é assim apenas aqui na minha comunidade, ou apenas na minha paróquia.
Mas com mais uma reunião de pais 'à porta', deixo as filosofias de parte, e partilho aqui alguns dos preparativos e planos que fiz.
1- Aviso de Recepção: «Se os conselhos fossem bons, vendiam-se.»
A boa comunicação parte de algumas bases, uma delas é ter alguma forma de verificar se a mensagem é recebida. Não se trata de ter papéis extensos para os pais assinarem, uma simples rubrica numa folha destacável e uma informação breve (local, hora e tema de reunião) basta. Bem sei que os resultados são discutíveis, mas parece-me importante existir este cuidado. Isto nunca irá dispensar um telefonema aos pais ou avisar por e-mail, caso tenham o cadastro deles. O importante está em procurar ferramentas adequadas.
2- Escolher um tema.
Aqui poderiam estar também os tópicos de discussão. Mesmo que seja apenas para uma simples conversa de café, avisem. Às vezes, é apenas uma questão de cortesia, ainda assim convém não subestimar o poder destes pormenores.
3- Ter um ponto de partida.
«O óbvio nem sempre é evidente.» Tal como num encontro de catequese, o ponto de partida pode e deve provocar/evocar a experiência das pessoas. Para quê? Para promover "faísca" na reunião, independentemente se o faz com um esquema (como o da imagem) ou um vídeo do youtube.
4- Pelo menos, uma dinâmica.
Os pais precisam de ter voz ativa na reunião. «Eu disse, eu faço, eu sinto-me bem, eu sou importante.» Só assim irão querer estar por inteiro e partilhar contigo as suas ideias, as suas experiências.
5- Algo mais
Compromisso ou simples síntese. Algo concreto deve ficar. Desafia os pais do teu grupo a estarem mais presentes, nem que seja só para irem à missa com os seus filhos ... pelo "exemplo" deles a criança irá crescer para se tornar no adulto cristão de amanhã
DINÂMICA DO TUBARÃO
Material: Um local espaçoso.
Como Fazer:
1- O animador explica a dinâmica: imaginem que agora estamos dentro de um navio, e neste navio existem apenas botes salva-vidas para um determinado número de pessoas, quando for dita a frase "Tá afundando", os participantes devem fazer grupos referentes ao número que comporta cada bote, e quem ficar fora do grupo será "devorado" pelo tubarão (deve ser escolhida uma pessoa com antecedência).
2- O número de pessoas no bote deve ser diminuído ou aumentado, dependendo do número de pessoas.
Conclusão: Responde-se às seguintes perguntas:
1) Quem são os tubarões nos dias de hoje?
2) Quem é o barco?
3) Quem são os botes?
4) Alguém teve a coragem de dar a vida pelo irmão?
MEUS SENTIMENTOS
Objetivo: Apresentação e entrosamento
Material: Papel e lápis de cor
Como Fazer:
a) Cada um deve retratar num desenho os sentimentos, as perspectivas que têm.
b) Dar um tempo para este trabalho individual que deve ser feito em silêncio, sem nenhuma comunicação.
c) Num segundo momento as pessoas se reúnem em subgrupos e se apresentam dizendo o nome, de onde vem, mostrando o seu desenho explicado-o.
d) O grupo escolhe um dos desenhos para ser o seu símbolo apresentando-o e justificando.
e) Pode-se também fazer um grupão onde cada um apresenta mostrando e comentando o seu desenho.
Palavra: Fl. 1,3-11 e Salmos 6
MARCHA OU PONTO
Objetivo: Oração, pedido de perdão, preces, revisão de vida...
Material: Uma folha branca com um ponto escuro ou mancha, bem no centro da folha.
Como Fazer:
a) Mostrar ao grupo a folha com o ponto ou mancha no centro.
b) Depois de um minuto de observação silenciosa, pedir que se expressem descrevendo o que viram.
c) Provavelmente a maioria se deterá no ponto escuro. Pedir, então, que tirem conclusões práticas.
Exemplo: Em geral, nos apresentamos nos aspectos negativos dos acontecimentos, das pessoas, esquecendo-nos do seu lado luminoso que, quase sempre, é maior.
Palavra: 1Cor 3,1-4 e Salmos 51
AS FERRAMENTAS
Objetivo: Oração, revisão de vida, Apresentação e integração
Material: Um papel ou pedaço de cartolina com o nome de uma ferramenta escrita nele (martelo, prego, parafuso, serrote, emprumadeira, chave de fenda, pincel, porca, metro...)
Como Fazer: Será distribuído um papel para cada participante. Eles refletirão por alguns minutos. Após esse primeiro momento, o coordenador explicará que cada um terá que se apresentar e dizer qual ferramenta tirou e explicar um pouco como se pode qualificar uma pessoa sendo tal ferramenta, no caso, ele próprio. Se ele se vê daquela forma (dentro e fora da Igreja). O corrdenador pode auxiliar cada um sobre a ferramenta que retirou.
Exemplo: Uma pessoa retirou o "Parafuso". Ele diz: "– Meu nome é Juberto, tenho 23 anos ..., e a ferramenta que eu retirei foi o parafuso. Ás vezes, vejo que eu dou muitas voltas para chegar aos meus objetivos, que preciso de ajuda assim como o parafuso precisa da chave de fenda...
Conclusão: Todos nós, mesmo sendo diferentes, somos fundamentais para a Evangelização, para Deus. Cada ferramenta possui seus defeitos e qualidades, mas apenas, juntas, conseguem criar cadeiras, mesas, portas. Para Deus também, pois nós temos defeitos e qualidade, mas apenas estando juntos conseguiremos alcançar a Glória de Deus (pode-se cantar a música "Vem Espírito, sozinho eu não posso mais...")
Palavra: Jo 17, 21 ("Para que todos sejam um")
A CHUVA
Objetivo: Mostrar como a união pode realizar grandes coisas.
Material: suas mãos
Como Fazer: O coordenador perguntará a todos se é possível chover naquele momento onde todos estão. Isso mesmo dentro da sala? Se realmente acreditam que isso pode acontecer?
Após isso, pedirá para que todos levantem o braço direito e abra bem a mão. Depois peça que todos peguem a mão esquerda e só levantem o dedo indicador
1 - Todos começam a bater o dedo indicador na mão direita (terá a sensação de um "Chuvisco").
2 - Depois peça que todos levantem o dedo médio junto com o indicador e batam na outra mão (o chuvisco ficará mais forte).
3 - Depois com três dedos ... (começou a chuva)
4 - Depois com quatro dedos ... (Ta caindo um toró!!!)
5 - Depois com cinco dedos ... (Dá uma salva de palmas para o nosso Deus que é 1000!!!)
Repita esse procedimento algumas vezes. Quanto maior o número de participante, melhor será o som da chuva.
Conclusão: Devemos acreditar que Jesus pode realizar milagres em nossas vidas, que Ele pode nos ajudar em nossos problemas, que nos Ama muito. Apenas precisamos crer.
Palavra: Is 43, 1ss / Jo 16, 33 / Jo 11, 26 / 1 Ts 5, 24 / Hb 10, 38 ...
PESSOAS - BALÕES
Objetivo: Reflexão sobre a vivência comunitária; reflexão sobre as dificuldades em se superar críticas ou ofensas recebidas.
Material: balões cheios (um não amarrado) e um alfinete.
Como Fazer:
a) O coordenador deve explicar aos participantes porque certas pessoas em determinados momentos de sua vida, se parecem com os balões:
- Alguns estão aparentemente cheios de vida, mas por dentro nada mais têm do que ar e esvaziam-se com facilidade (pega um balão não amarrado e o solta), para ele voar rapidamente murchando.
- Outros parecem ter opinião própria, mas se deixam lavar pela mais suave brisa; (Dá um tapa no balão para ele voar perante todos)
- Por fim, alguns vivem como se fossem balões cheios, prestes a explodir; basta que alguém os provoque com alguma ofensa para que (neste momento estoura-se um balão com um alfinete) "estourem", deixem a igreja, suas pastorais.
b) Pedir que todos dêem sua opinião e falem sobre suas dificuldades em superar críticas e ofensas.
PASSAR O OBJETO
Objetivo: Mostrar que, apesar das dificuldades, podemos resolver questões, problemas, aparentemente impossíveis.
Material: Um pequeno objeto (pode ser uma caixinha de papelão ou de madeira, uma bola de meia ou de tênis, um tubo de cola, .......)
Como Fazer: Faz-se um circulo com os participantes e diz que o objeto terá que ser passado de um em um. Só que ele não poderá ser entregue usando as mãos. Terá que ser de outra maneira. Isso deixará todos preocupados. A pessoa que o receber pode pegá-lo com as mãos, mas ao passá-lo, terá que arrumar outro meio. Para complicar um pouco mais, diga que não será aceito a repetição de modos. Ao final pedir que repitam a passagem, com outras formas diferentes das que já foram feitas.
(Cada um deve tentar achar uma saída sozinho!!)
Posteriormente, pode-se auxiliá-lo!
Exemplos: Usando: o pé esquerdo, o direito, o ombro esquerdo, o direito, a cabeça, a boca, pelas mangas esquerda e direita da camisa, com os óculos, tirando o tênis ou sandália e colocando o objeto dentro (tênis do pé esquerdo ou direito), o cordão, as coxas, os calcanhares, as canelas, os braços, tirando a camisa e colocando o objeto dentro, a batata da perna ...
Conclusão: Sempre é possível achar saídas, basta acreditarmos em nós mesmos e ter fé.
AS TRÊS PERGUNTAS...
Material: Um simples objeto (uma flor, uma pedra...)
Finalidade: Fazer com que as pessoas se conheçam e que consigam falar em grupo.
Descrição: inicia-se a dinâmica segurando o objeto e diz seu nome e a primeira pergunta: "O que as suas mãos fazem?"
Você responde e faz a pergunta para á pessoa a sua esquerda. Ela terá que dizer o seu nome e dizer que coisas as suas mãos fazem (trabalham, tocam, acariciam, acolhem, transmitem algo...)
Quando objeto chegar em você de novo, faça a segunda pergunta: "O que a sua cabeça pensa?"
Diga a sua idade e responde o que sua cabeça tem pensado ultimamente (casa, família, trabalho, faculdade, vestibular, desemprego, violência...). E passa para a pessoa a sua direita. Faça a pergunta para ela e pede para ela dizer a idade e que responda a questão. Essa pessoa faz a pergunta para a passa ao lado dela e assim por diante...
Quando o objeto voltar pra você, faça a última pergunta: "O que o seu coração sente?"
Você diria um apelido seu, ou alguma qualidade que você possui, ou a futura profissão que pensa em seguir e responde a terceira pergunta. Essa pergunta é mais pessoal e cada um falará aquilo que está sentindo. Depois, você faz a pergunta para a pessoa que quiser escolher. Dessa vez a escolha da próxima pessoa ficará a critério de cada um, não tem uma ordem pré-estabelecida.
FINALIZAÇÃO: Quando todos tiverem respondido vc pega novamente o objeto e fecha a dinâmica frisando que o mais importante é ter sempre em mente que aquilo que almejamos depende tanto das nossas mãos (ação), quanto da nossa cabeça (pensar, refletir, escolher) e, principalmente, daquilo que temos em nossos corações (perseverança e garra).
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